Saúde lança campanha de prevenção às infecções sexualmente transmissíveis

Foco da campanha é o público jovem, de 15 a 29 anos, e tem como objetivo incentivar o uso de preservativos para evitar transmissão de doenças ligadas ao sexo

Dados do Ministério da Saúde revelam que o comportamento de risco vem impedindo o Brasil de avançar no combate às infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Chama a atenção a alta taxa de detecção pelo vírus da aids (HIV) entre os jovens de 15 a 29 anos, o aumento da sífilis e a contínua transmissão das hepatites virais.

Para informar principalmente o público jovem sobre os riscos e consequências de contrair uma IST, o Governo Federal lançou a campanha “Usar camisinha é uma responsa de todos”. O lançamento da campanha ocorreu na comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro (RJ), nesse sábado (8). Diferente de outros anos em que o foco foi a prevenção do HIV/aids, neste ano, a ação apresenta um novo conceito voltado para a prevenção de todas as infecções transmitidas por contato sexual. O objetivo é propor uma mudança de comportamento entre jovens, de 15 a 29 anos, quanto ao uso do preservativo para evitar doenças como sífilis, herpes genital, gonorreia e HPV.

Durante o evento, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, lembrou que o uso de preservativos deve ser constante, ou seja, o ano inteiro. “Antes era só uma campanha anual. Agora tem que ser lembrada periodicamente a cada 3 ou 4 meses, para não deixar cair no esquecimento”, pontuou.

A campanha utiliza a linguagem da Poesia Slam (movimento popular entre os jovens que usa a batalha de poesias associadas à conscientização para gerar debates sobre temas diversos). De acordo com o Ministério da Saúde, a ideia é ampliar o acesso às informações sobre esse tema, inclusive sobre as consequências trazidas pelas ISTs, para que os jovens possam tomar decisões mais assertivas na condução da prática sexual, ou seja, protegida contra doenças. Abrir mão do uso do preservativo nas relações sexuais pode expor a pessoa, bem como com quem ela se relaciona, a infecções sexualmente transmissíveis. 

A camisinha, distribuída gratuitamente nas unidades de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), é a forma mais simples e eficaz de se proteger não só do HIV/aids, mas, também, da sífilis, da gonorreia, de hepatites virais e até do zika vírus, além de evitar uma gravidez não planejada.

Distribuição de preservativos

Neste ano, o Ministério da Saúde vai distribuir, ao todo, 570 milhões de preservativos e géis lubrificantes para todo o Brasil. A quantidade representa um aumento de 12% em relação ao ano passado, quando foram enviados 509,9 milhões aos estados. Para o Carnaval, todo o País estará abastecido com 128,5 milhões de preservativos, garantindo a proteção dos foliões contra as ISTs.

“Precisamos cada vez mais estimular o uso do preservativo durante o Carnaval para prevenir a transmissão das Infecções Sexualmente Transmissíveis e do HIV, uma vez que muitas dessas infecções possuem fase assintomática e a pessoa nem sabe que tem e, quando apresenta sintomas, como lesões na região genital, elas podem facilitar a infecção pelo HIV”, aponta o diretor de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, Gerson Pereira.

As infecções transmitidas por relação sexual são causadas por mais de 30 vírus e bactérias através do contato, sem o uso de camisinha, com uma pessoa que esteja infectada. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), todos os dias ocorrem 1 milhão de novas infecções. Doenças antigas, que remontam à Idade Média, como a sífilis, por exemplo, ainda hoje podem ser consideradas uma epidemia pela falta de proteção adequada.

Com informações do Ministério da SaúdeCategoriaSaúde e Vigilância SanitáriaTags: SaúdeIInfecções Sexualmente TransmissíveisCampanhaCarnaval 2020ISTaidsPreservativ

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