Operação para combater milícia que atua na Baixada Fluminense prende sete suspeitos

Entre os presos há três policiais militares. Há cerca de dez meses um grupo passou a praticar extorsões, sob o pretexto de oferecer uma ‘suposta segurança’ em uma localidade de Mesquita.

Polícia Civil, com apoio do Ministério Público e da Corregedoria da Polícia Militar, realiza uma operação para desarticular uma milícia instalada no município de Mesquita, na Baixada Fluminense, na manhã desta quarta (14).

Até as 7h45, sete pessoas já tinham sido presas, uma delas em flagrante e outras seis através de mandado de prisão. Três presos são policiais militares. Ao todo, os agentes visam cumprir oito mandados de prisão, quatro deles contra PMs.

Equipes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) saíram cedo da Secretaria de Segurança, no Centro do Rio, em direção à Mesquita.

Eles contam ainda com o apoio de homens da Força Nacional. O objetivo é cumprir oito mandados de prisão, sendo quatro contra PMs que estão na ativa. Os investigadores também fazem buscas em batalhões onde esses policiais trabalham.

As investigações tiveram início a partir da denúncia de uma vítima, que esteve na Draco e relatou que há cerca de dez meses um grupo da região passou a praticar extorsões, sob o pretexto de oferecer uma “suposta segurança”.

A testemunha afirma que passou a sofrer cobranças e que o grupo impôs o pagamento de uma taxa para cada uma das lojas que ele possuía, totalizando R$ 1.000,00 semanais pelas duas lojas. O líder das ações foi identificado como o policial militar Márcio Lima Cunha, conhecido como “Zebu”.

Ao se recusar a pagar a “taxa de segurança”, a vítima, que também é policial militar, sofreu uma emboscada praticada por integrantes do grupo liderado por Zebu. Um amigo que o acompanhava foi atingido por disparos e morreu no local. A Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense abriu inquérito para investigar o homicídio.

De acordo com o titular da Draco, delegado Alexandre Herdy, o grupo é suspeito de explorar vários serviços. “Além de cobrar pela taxa de segurança a residências e comerciantes, as investigações apontaram que havia a distribuição de sinal clandestino de TV a cabo, venda de água e de gás, exploração de transporte alternativo, liberação de vias para shows (pagodes), cestas básicas, empréstimos de dinheiro a juros e serviços de mototáxis.”, explica o delegado.

Além de ‘Zebu’, a ação visa cumprir mandados de prisão temporária contra Paulo José Lírio Salviano, André Lemos da Silva, Natanael de Oliveira Gonçalves, André Silva Nicodemus, o Geladeira , Daniel Alex Soares da Silva, o Escobar, Renato de Castro de Oliveira e Tiago Costa Gomes. Eles são investigados pelos crimes de constituição de milícia privada e extorsão. Dez mandados de busca e apreensão também estão sendo cumpridos.

Fonte: Globo.com

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